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Foto: Divulgação Aproest

Foto: Divulgação Aproest

A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest) promoveu nessa quarta-feira, dia 23, reunião com representantes da região leste do Estado para tratar de pautas estratégicas ligadas ao meio ambiente, entre elas o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e o projeto REDD+ Jurisdicional. O encontro contou com a presença de lideranças rurais de municípios como Lizarda, Rio Sono e São Félix do Tocantins, também do Sr Pereira, presidente da Faerto, que manifestaram preocupação com os impactos diretos que essas medidas podem representar para o desenvolvimento da produção agropecuária no Tocantins.

A reunião teve caráter técnico, com apresentações proferidas pelo engenheiro agrônomo Adrian da Silva, e a bióloga Carol Bueto, especialistas em licenciamento ambiental, e com a participação de Almir Rebelo, agrônomo do Rio Grande do Sul, do eng. Paulo Corazzi, dos advogados  Rômulo e Ângelo Papa, além de outros técnicos presentes.

O presidente da Aproest, Wagno Milhomem, destacou a importância de ampliar o diálogo entre produtores e o poder público. “Estamos recebendo representantes dos produtores da região leste do Tocantins para debater a agenda ambiental, que inclui o Projeto de Lei nº 12 e o REDD+. A agenda ambiental precisa ser tratada com transparência e participação do setor produtivo. Queremos construir uma pauta propositiva junto aos órgãos do governo e apoiar a Assembleia Legislativa na revisão do ZEE. Como temos afirmado, o ZEE, da forma que está proposto, preocupa todo o setor produtivo”, afirmou.

O produtor rural de Lizarda e Rio Sono, Fernando Silveira, diretor da Aprorios, é mais enfático ainda, afirmando que o atual texto do ZEE ameaça o desenvolvimento de municípios que estão apenas começando a crescer com base na atividade agropecuária. “Esse zoneamento nos afeta de forma 100% negativa. Nossa região ainda tem um IDH baixo e pouca infraestrutura, mas está começando a se desenvolver com o agronegócio. Esse avanço está sendo ameaçado por um projeto que impõe restrições sobre o uso de propriedades particulares. Nós compramos essas terras, pagamos por elas, e agora nos dizem o que podemos ou não fazer nelas. Isso é extremamente preocupante”, afirmou.

A Aproest reforçou seu compromisso em acompanhar de perto o andamento dessas propostas e em garantir que os produtores rurais tenham voz ativa nas decisões que envolvem o futuro da produção agrícola e o uso da terra no Tocantins, assegurando a autonomia das lideranças regionais em todo o processo. A entidade irá propor, no próximo dia 11 de agosto, na Fieto, uma reunião com representantes de entidades de todas as regiões do Estado para elaborar uma manifestação conjunta para avançar no diálogo com representantes do Governo do Estado e parlamentares estaduais, com o objetivo de promover os ajustes necessários ao projeto de lei do Zee.