O Ministério da Cultura (MinC) manifestou seu repúdio à decisão da organização da 40ª edição da Feira do Livro de Canoas (RS), de cancelar a participação da escritora e ilustradora de literatura infantil Paula Taitelbaum.
De acordo com o MinC, a equipe alegou inicialmente questões burocráticas, no entanto, em notícia nas redes sociais, a autora, porém, contesta e afirma ter sido alvo de um veto sem explicações claras. Ela cita que o impasse surgiu após uma postagem do historiador Eduardo Bueno, marido da escritora, sobre o influenciador trumpista Charlie Kirk, assassinado nos Estados Unidos.
O Ministério destaca que o caso circula em canais de notícias e tem chamado a atenção pela recorrência: na semana passada outro fato semelhante aconteceu com a jornalista Milly Lacombe que teve sua participação cerceada na 11ª Festa Lítero Musical de São José dos Campos (SP), em virtude de não concordar com declarações que a referida convidada teria supostamente feito em uma entrevista a um podcast.
O MinC frisa que as duas situações são casos de cerceamento à diversidade e à liberdade de pensamento e não devem ser aceitos na sociedade, ainda mais em eventos culturais que são espaços de bibliodiversidade e de reflexões e pensamentos críticos.