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Polí­cia

Foto: Divulgação SSP/TO

Foto: Divulgação SSP/TO

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Palmas (DHPP-Palmas), deu cumprimento nesta quinta-feira, 30, a mandado de prisão contra o dono de um ferro velho que é suspeito de matar Leonan Fernandes Alves com um tiro na cabeça no dia 7 de abril deste ano, na Capital.

O suspeito, conhecido como “Japão”, se apresentou à 1ª DHPP acompanhado de seu advogado e agora encontra-se à disposição da Justiça na Unidade Penal de Palmas.

Armas do suspeito também foram apreendidas, sendo três carabinas e uma pistola. O dono do ferro velho é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e terá seu registro suspenso junto ao Exército.

Ainda na quinta-feira, 28, equipes da DHPP estiveram na residência de “Japão” para dar cumprimento ao mandado, mas ele não foi localizado.

O crime

De acordo com delegado Eduardo Menezes, responsável pelas investigações, o crime foi precedido de um desentendimento gerado pelo descarte irregular de um material de sucata veicular feito pelo dono do ferro velho no terreno onde Edmar Fernandes, irmão da vítima Leonan, reside e exerce a função de “caseiro”.

Segundo apurado pela equipe da Divisão de Homicídios, “Japão”, apelido pelo qual o dono do ferro velho é conhecido, foi flagrado pelos irmãos Edmar e Leonan no momento em que despejava artefatos metálicos oriundos do ferro velho.

Ainda de acordo com as investigações, advertido de que o local de despejo do material estava fora dos limites territoriais de sua propriedade, Japão se indignou com o questionamento de Edmar e teria reagido com agressões físicas, as quais, segundo o caseiro, iniciaram-se com um golpe que o derrubou ao chão.

Em seguida, Japão teria ordenado que seu filho fosse até sua residência (circunvizinha ao local) para buscar uma arma de fogo. Cumprindo a ordem do pai, o filho teria retornado à cena do crime com duas pistolas. Segundo o delegado Eduardo Menezes, uma delas foi entregue a Japão, enquanto a outra ficou na posse do filho.

Logo após, Japão teria efetuado um disparo para o alto, como forma de intimidação. Com medo, Edmar, pela porta do carona, entra no carro que é dirigido por Leonan e tenta deixar o local. No entanto, teria sido impedido por Japão que, valendo-se do fato do vidro do automóvel estar entreaberto, teria aproveitado a fresta e utilizado a própria arma de fogo para dar uma pancada no rosto de Edmar.

Após essa agressão, ele teria efetuado o disparo em direção a Edmar. No entanto, movimento de esquiva de Edmar fez com que o projétil atingisse seu irmão, Leonan, que estava ao lado, no banco do motorista.

Mandados

Foram cumpridos também mandados de busca e apreensão na casa de dois funcionários do ferro velho, os quais são investigados por auxiliar Japão na fuga do local do crime, bem como por criar uma possível falsa narrativa dos fatos com o objetivo de dar a entender que o tiro em Leonan se deu de maneira acidental. Mas, de acordo com o delegado Eduardo Menezes, a análise dos vestígios colhidos no local do crime dão conta de que o disparo não se deu por acidente.

O filho de Japão também é investigado pelo crime de homicídio. No entanto, não teve sua prisão preventiva decretada. Depois de interrogado pelo delegado, o filho do dono do ferro velho teve instalada a tornozeleira eletrônica pela equipe de monitoramento da Polícia Penal. (SSP/TO)