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Educação

Foto: Divulgação Precisa/AI

Foto: Divulgação Precisa/AI

A violência tem avançado de forma preocupante em todo o país, alcançando inclusive espaços onde deveriam prevalecer a paz e o respeito mútuo, como as escolas. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, o número de vítimas de violência interpessoal nas unidades de ensino cresceu cerca de 250% em um intervalo de 10 anos no Brasil.

Em 2013, foram registrados 3.771 casos de violência dentro de escolas. Já em 2023, esse número saltou para 13.117 ocorrências. Os dados, que incluem episódios de bullying, envolvem alunos, professores e demais membros da comunidade escolar, e acendem um sinal de alerta sobre o comportamento de crianças e adolescentes em idade escolar.

Em sintonia com a campanha nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, realizada em abril, o Centro Educacional São Francisco de Assis (Cesfa), em Palmas, criou o projeto “Não tem graça”, com foco na prevenção e na conscientização. Para a diretora da escola, Claudia Cristiane de Andrade, a iniciativa vai além de uma campanha pontual. “O enfrentamento ao bullying já é parte da nossa cultura organizacional. Com o projeto, queremos aprofundar esse trabalho, incentivando os alunos a refletirem sobre suas atitudes e a desenvolverem habilidades socioemocionais que os ajudem a lidar com frustrações sem recorrer à violência,” afirma.

A programação foi cuidadosamente elaborada conforme a faixa etária dos estudantes, da educação infantil ao ensino médio. Entre as atividades estão contação de histórias, produção de cartazes, rodas de conversa, palestras, apresentações de clínicas parceiras, lanches culturais e ações de integração. A proposta é criar espaços de escuta, diálogo e acolhimento, onde os alunos possam compartilhar experiências e fortalecer vínculos.

O objetivo central da iniciativa é construir um ambiente escolar mais seguro, onde o respeito e a empatia sejam valores cultivados diariamente. Para a diretora, ações como essa ajudam a formar não apenas bons alunos, mas também cidadãos mais conscientes e solidários. “A escola tem um papel fundamental na formação ética e emocional das crianças e dos jovens. Precisamos ensinar que violência nunca é brincadeira e que mesmo as piadas só têm graça quando todos riem”, conclui a educadora. (Precisa/AI)