O varejo brasileiro vive um momento de virada. Em um cenário em que o comportamento do consumidor muda mais rápido que as tendências de moda, o atendimento deixou de ser apenas um processo e passou a ser parte central da decisão de compra. Cada vez mais, clientes buscam marcas que ofereçam algo além do produto: sensação de acolhimento, facilidade, humanização e pequenas experiências que tornem o dia melhor. Os consumidores estão dispostos a trocar de loja quando sente falta de atenção, cuidado ou conexão com o vendedor, mesmo que o preço seja parecido. A compra deixou de ser racional, ela é emocional.
E essa mudança já é percebida no Tocantins. Na última terça-feira (25), lojistas reuniram-se em Palmas para um encontro voltado à compreensão desse novo perfil de consumidor. A especialista em comportamento do cliente, Giovanna Fernandes, apresentou reflexões sobre como transformar atendimento em relacionamento e como pequenos ajustes no dia a dia das lojas podem influenciar diretamente nas vendas e na fidelização.
"Momentos de sensibilização como este fortalecem a conexão entre especialistas e lojistas em um cenário onde o perfil de consumo muda constantemente. É por isso que atualização e engajamento contínuos são essenciais. Os empresários precisam entender que criar conexão, não apenas com os clientes, mas também com os colaboradores, é o primeiro passo para que a empresa funcione de forma plena. Esses encontros existem justamente para mantê-los alinhados às transformações do mercado e às novas demandas do consumidor." afirma Giovanna.
Sem grandes fórmulas prontas, a conversa destacou um ponto comum a todos os segmentos do varejo: o consumidor quer ser visto. Quer que sua necessidade seja compreendida antes mesmo de virar uma reclamação. Quer ser ouvido, acolhido e surpreendido. E isso só é possível quando equipes estão preparadas, alinhadas e sensibilizadas para entender o papel da experiência na jornada de compra.
O encontro também chamou atenção para algo que os especialistas têm reforçado nos últimos anos: experiência não é custo, é investimento estratégico. Ambientes mais organizados, abordagem humanizada, comunicação clara, atenção genuína e vendedores capacitados são fatores que formam a percepção da marca e determinam se o cliente volta, ou se procura outra loja.
Para os lojistas, o recado é direto: em um mercado competitivo, onde o consumidor pesquisa tudo pelo celular antes de entrar na loja, a diferença está no que só o atendimento presencial consegue entregar. A gerente de marketing, Carla Silva, destacou o papel do empreendimento como facilitador desse processo de capacitação. "O shopping tem como um dos principais objetivos capacitar e auxiliar os lojistas nesse momento tão especial, tão dinâmico e encantador, que é o período do final do ano. A gente vem motivado de Black Friday, seguido pelo Natal, então essa capacitação é muito importante para que o shopping continue tendo muito sucesso e muitas vendas." afirma. (Precisa/AI)

