O Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca é celebrado em 9 de julho, data que conscientiza sobre uma das principais causas de morte no Brasil. A médica cardiologista do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), da Rede Ebserh, Alinne Macambira, fala sobre os sinais de alerta que indicam a condição.
A insuficiência cardíaca afeta cerca de dois milhões de brasileiros e representa uma das maiores causas de internação entre pessoas acima dos 60 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. A condição pode ter evolução silenciosa, por isso a atenção aos primeiros sintomas é fundamental para evitar complicações graves.
De acordo com a especialista, a insuficiência cardíaca é quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo, “o paciente começa a ter vários sintomas, como inchaço, falta de ar, não consegue dormir deitado, coloca um monte de travesseiro, cansaço fácil, às vezes dor no peito, palpitações, fraqueza e perda de peso”, explica Alinne.
As causas são variáveis, podendo ser hipertensão, diabetes, doença de chagas, doença arterial coronariana, sedentarismo, entre outras. É importante se atentar à prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, Alinne Macambira destaca o tratamento adequado dessas doenças para evitar a insuficiência cardíaca, “quando adequadamente tratado, há a reversão do coração ao tamanho normal”, explica a médica.
Além das causas citadas, o consumo excessivo de álcool, tabagismo e dietas ricas em sódio também contribuem para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Por isso, hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e acompanhamento médico periódico, são indispensáveis para a saúde do coração.
O tratamento ocorre por meio de medicações, além de alguns dispositivos, como marca-passo para melhorar a força do coração e, ainda, o transplante cardíaco. A cardiologista ainda enfatiza para os sinais de alerta que as pessoas devem ter, “não ignore esses sinais de cansaço, de tosse seca, que às vezes a pessoa acha que é só pela idade, que já pode ser um sinal de insuficiência cardíaca”.
Alinne Macambira reforça que o acompanhamento com cardiologista e a realização de exames como ecocardiograma e eletrocardiograma são fundamentais para o diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de controle e melhora na qualidade de vida do paciente”, pontua. (HDT/UFT)